ABSTRACT
Para analisar o desenvolvimento pós-natal de crias, recorre-se ao processo de redistribuição dos animais de modo a uniformizar o número de filhotes por mães, visto que o desenvolvimento físico, particularmente o crescimento, pode ser modificado pelo tamanho da ninhada. Tal procedimento implica, frequentemente, a necessidade de se eliminarem filhotes, contrariando os princípios da ética em experimentação animal. Neste trabalho, avaliou-se o desenvolvimento somático de ninhadas, com o número diferente de filhotes. Analisaram-se 42 ninhadas de ratos Wistar subdivididas em três grupos: [1] ninhadas com 8 filhotes; [2] com 10 filhotes e [3] com 12 filhotes. As crias foram pesadas nos seguintes dias de desenvolvimento pós-natal (DPN): 1º, 4º, 10º, 15º e 25º. Existe diferença significativa na média de peso corporal e nos índices de crescimento total e parcial, entre ninhadas contendo oito filhotes e ninhadas com 12 filhotes, comprovando o efeito do tamanho da ninhada sobre o peso corporal e crescimento. Entre as ninhadas com 10 e 12 filhotes e as que possuíam 8 e 10 filhotes não foram observadas diferenças significativas. Os resultados obtidos permitem sugerir que se possa trabalhar com ninhadas na faixa de 8- 10 ou 10- 12 crias, o que permitiria reduzir o número de sacrifícios de filhotes.